Uma pesquisa realizada pela revista Auto Express e pela rede IAM RoadSmart compara diferentes gêneros de música como clássica, pop e heavy metal, no volume máximo. A conclusão do estudo foi que, de forma geral, o heavy metal distrai muito o motorista, enquanto a clássica o mantém muito relaxado — o que também não é colocado como ponto positivo. Porém, muito se deve ao fato de que o volume estava no máximo.
“A música pode, sim, afetar a forma como a gente dirige, ela pode distrair a atenção do motorista e afetar sua concentração. Quando a gente está dividindo a nossa atividade cerebral entre duas tarefas, a gente acaba reduzindo a nossa percepção e o nosso tempo de reação enquanto a gente dirige. Além disso, a música alta pode dificultar que o motorista escute sons importantes como as sirenes, as buzinas. Ela também pode afetar pessoas de formas diferentes, dependendo do volume da música, o tipo de música que está sendo escutada e o nível de experiência do motorista”, coloca o neurocirurgião.
Equilíbrio
Entretanto, por mais que o cérebro não seja capaz de ouvir música e prestar atenção na estrada ao mesmo tempo, relaxar ao som do rádio ainda tem benefícios, como coloca Costa: “Um dos motivos pelos quais a música faz com que a gente reduza a nossa preocupação é exatamente o foco. Quando a gente ouve uma música, como ela tem essa capacidade de nos pegar afetivamente, principalmente uma música que a gente gosta, ela vai recrutar a nossa atenção para os componentes dessa música. Mesmo que eu ainda continue pensando no problema, uma parte da atenção vai estar ligada à música, diminuindo um pouco o impacto que aquele problema tem. Esse sentimento positivo contrabalanceia com os negativos daquele problema“.
Almeida dá a dica para minimizar a perda de foco quando os fatores citados estiverem presentes: “Enquanto você está conduzindo o seu carro é importante tentar escolher uma música que seja agradável para você, mantendo ela num volume seguro para evitar distrações e garantir a sua segurança e a do seu veículo”.