“Quando pensamos na idade para a realização de uma prevenção ativa, temos que levar em consideração a dificuldade para a realização do exame, o seu custo e a incidência de complicações quando comparados à probabilidade desse exame apresentar um resultado positivo”, avalia o especialista.
Antigamente, a média de idade dos pacientes com câncer de cólon e reto era de 65 anos; por esse motivo, a prevenção começava a ser realizada com indivíduos a partir dos 50 anos. Contudo, com o aumento de casos entre pessoas mais jovens, esse cenário apresentará mudanças. “Acredito que, no Brasil, nós podemos utilizar a regionalização para que, nos locais em que essa doença aparece com maior frequência, os exames preventivos passem a ser realizados a partir dos 40 anos”, esclarece o professor.
Hoff comenta que alguns dos aspectos que parecem estar particularmente influenciando a ocorrência da doença são fatores que envolvem a civilização moderna: “Obesidade, sedentarismo, dietas ricas em alimentos ultraprocessados são alguns desses agentes. As pessoas precisam começar a pensar na prevenção a longo prazo”.
Sintomas
O professor expõe que, no caso do câncer de intestino, o tumor pode se expandir sem a grande presença de sinais, mas alguns dos sintomas que podem ser observados são os seguintes: sangue nas fezes, modificações nos hábitos intestinais, dores abdominais e, em casos avançados, náuseas e vômitos podem estar presentes.
É importante reforçar que a detecção precoce apresenta-se como essencial para o bom resultado no tratamento. Com o avanço da ciência, vem se tornando possível a cura de pacientes também em fase metastática, mas a prevenção e o tratamento desde a fase inicial seguem sendo os melhores caminhos para a cura.